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INTERSTITIAL ALCHEMY



TRANSMEDIA INSTALLATION @MZ BALTHAZAR'S LAB, VIENNA



Interstitial Alchemy apresenta uma experiência de investigação artística baseada na prática, que especula sobre a reabilitação de ecossistemas aquáticos, através de um processo de transmutação de micro poluentes.


Na Antiguidade, os praticantes de alquimia procuravam a transmutação da matéria e a produção de panaceias, numa época em que a arte, a ciência e o misticismo pertenciam ao mesmo domínio. Embora as teorias da alquimia tenham sido refutadas pela ciência, reconhecemos a sua influência no desenvolvimento dos métodos científicos. Através de práticas e narrativas especulativas e "mágicas", os alquimistas sonhavam com a ciência do futuro. Nesta instalação, a "transmutação" da matéria é mediada por um conjunto de objectos feitos de argila de Zeolite e compósitos de betão. As zeólitas possuem uma estrutura molecular semelhante a uma gaiola que permite a "captura" selectiva de poluentes e toxinas.


O trabalho explora a forma como uma intervenção em microescalas intersticiais pode afetar ecossistemas e territórios mais amplos. Os objectos apresentados testam a produção de microespaços porosos em pequenas escalas, que podem contribuir para uma transformação na composição da água, abordando adicionalmente questões ambientais como a falta de abrigo para a biodiversidade e a erosão dos leitos dos rios.


Nos últimos anos, os cientistas têm demonstrado que a variabilidade ecológica a pequenas escalas espaciais - muitas vezes inferiores a um metro quadrado - pode ter consequências muito significativas em territórios maiores. Poderemos realizar microintervenções que produzam transformações relevantes, potencialmente independentes de forças políticas e económicas? Poderão os espaços intersticiais ser oportunidades para introduzir narrativas alternativas?



Curator: Mz. Balthazar's Lab

Opening 1st September 2023

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https://www.mzbaltazarslaboratory.org/event/exhibition-interstitial-alchemy-by-catarina-reis/​






Photos: Janine Schranz © 2023





«I remember that tentacle comes from the latin tentaculum, meaning "feeler", and tentare, meaning "to feel" and "to try"

(...) Myriad tentacles will be needed to tell the story of the Chthulucene.»



Haraway, D. (2016) Staying With the Trouble. Making Kin in the Chthulucene. Durham: Duke University Press,p.31



Catarina Reis © 2021 All rights reserved